E mais um mês se passou, mais um dia, mais uma hora, mais um minuto. Não estou melhor, não sou melhor, os pensamentos são os mesmos. E por mais que eu fuja de meus futuros, por meio da ignorância de limitações de minha mente, escondidos em meus próprios devaneios, eles me encontram. Sou avassalado por todos os tempos, o passado, o presente e o futuro.
O passado, cheio de amarguras pelo que eu não vivi, e que jamais vou viver. Cheio de arrependimentos para com meu futuro atormentado pelo passado não estruturado.
O presente, que age como uma maré de acontecimentos presos por algemas feitas de meu próprio corpo. O arrependimento é constante por não conseguir alterar meu passado nem meu futuro, com ele apenas vejo seus vislumbres de acontecimentos previsíveis. Como uma película antiga onde todos já sabemos o final deste filme.
O futuro, quase como um livro de crie sua própria aventura sem aventura e de um escritor ruim, onde o final é levado sempre para o mesmo lugar, ou para finais tão semelhantes que você não quer se dar o trabalho de ler.
Eu luto cada segundo comigo mesmo, pelo nome daqueles que já não sei se devo lutar, mas ainda sim luto, sem desistir, mas ainda sim passando na beirada do nada.
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