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sábado, 26 de setembro de 2015

Sonho - Mentiras

Mentiras


Tudo começou com uns sonhos, ou melhor um sonho, isso é, no sonho eu tenho outros sonhos, “Sonhos dentro de um Sonho”. Eu estou tendo sonhos muito estranhos, é como um fluxo de memórias que eu sei de alguma forma é da minha infância, em todas as imagens e cenas que aparecem tem nelas um homem de pele negra e cabelos grisalhos, eu não o conheço, mas sei que ele é meu avô e é como se eu tivesse vivido com ele minha vida toda ou pelo menos boa parte de quando eu era pequeno.

O fluxo não para e em momentos eu sou um bebê, em outros eu estou aprendendo a andar, sempre com o homem que eu o “amo tanto”, como eu o amo se não o conheço?

Em determinado momento do dilúvio de imagens, eu volto a ser uma criança de uns sete anos de idade e como eu todas as outras eu estou com o homem negro a qual eu só o chamo de vovô.

Nós estamos em um riacho e eu estou brincando em torno dele pulando de pedra em pedra enquanto cantarolo. Em determinado momento eu pulo para uma pedra que é bem grande e fica na metade do córrego.

Enquanto eu brincava tranquilamente pelo lago, o homem estava me observando como um “pai protetor”, como se ele estivesse me admirando. Do nada ele aparece do meu lado e fala algumas coisas, mas eu não presto atenção, só começou a escutá- lo quando ele mostra uma lanterna que tem um compartimento secreto. Dentro havia um pequeno objeto que de um lado tem uma bússola e do outro tinha uma agulha da mesma forma, só que nesta a agulha que deveria apontar para o norte estava girando incessantemente.

- Isto é um presente que estou te dando - Falou ele, e eu respondo um obrigado, muito alegre.

- Está vendo isso aqui? - Ele aponta para a bússola, e eu faço que sim com a cabeça - É uma bússola, é para caso você se perca, a sua agulha aponta sempre para o norte. - Eu já sabia, mas fiquei calado - Agora está vendo esta outra agulha presa do outro lado?

- É uma outra bússola, e ela aponta sempre para o Norte. - Respondo eu para mostrar que eu sei das coisas.


Ele dá várias risadas e responde que não, ele começa a falar, mas eu não entendo o que ele diz, eu bem que gostaria de entender mas é como se tivesse interferência nos meu ouvidos, a única parte que eu entendo é quando ele fala que ela apontava para ele, pois ele era feito de ectoplasma e não de carne e osso como eu.


“Eu não estou vivo”, estas palavras ecoam em minha mente, “Aproveite enquanto você ainda é”.

Quando ele fala isso eu levando minha mente para ver sua expressão e acabo me deparando com um terceiro olho me encarando, mas quando ele pisca este olho some. Ele ainda fala algumas coisas, mas é como se tudo tivesse ficado mudo, eu não ouço mais nada. Para o meu horror ele puxa uma arma e atira na própria cabeça, mas em vez de cair um corpo todo ensanguentado como deveria, ele se desfaz em um líquido viscoso, denso e incolor, que escorre pela pedra.

2011 - 2015

Nota* 
Eu encontrei este texto em um caderno meu, o meu quase diário. Eu me lembro que este foi um sonho que eu tive, mas ele não terminava ai, mas como eu não o escrevi enquanto eu mi lembrava o jeito vai ser narrar daqui para frente com o pouco que me lembro. E a data também não é certa, pois eu não datei quando eu escrevi.


Bom pelo que eu mi lembro deste sonho, quando o meu "avô", estoura os próprios miolos, eu meio que a cordo, mas não na vida real e sim no sonho, quando eu comento ele com minha mãe ela fala que, sentia muito por tudo isso ter voltado e que nada disso tinha acontecido e que na verdade eu estava delirando, que este homem negro era uma coisa que eu tinha inventado na minha infância e que parecia que os médicos não tinha conseguido fazer eu me esquecer, nese momento ela já estava chorando enquanto pegava o telefone e fazia uma ligação, mas eu meio que sabia que aquilo que ela estava falando não era a verdade e que este homem misterioso existiu, ele tinha que existir, eu ainda tinha a lanterna.

Poucos minutos mais tarde minha mãe tinha piorado e estava chorando como uma louca, principalmente quando parou em frente a nossa casa uma ambulância. Da ambulância desceram alguns homens com roupas brancas e vieram em minha direção, não demorou muito para que eles conseguisse me pegar, e me darem um calmante.

Eu acordei dentro da ambulância e por pura sorte eu conseguir me soutar e dar uma pancada no medico que estava comigo, e em pleno movimento da ambulância eu,  pulei e sai correndo, só que a essa altura o em enfermeiro conseguiu se recuperar e já tinha avisado o motorista que parou a ambulância e os dois desceram e foram atrás de mim.

Minhas mãos estavam impossibilitadas pela camisa de força, eu não olhava para traz, só corria, corria sempre para frente, e não vi, só ouvi e sente a bala perfurando minhas costas, um dos homens de branco me atingira com tiros.

Foi nessa parte que eu realmente acordei, quando minha vida deixou o meu corpo. já era manhã.

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