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quinta-feira, 17 de março de 2022

17MAR2022

Apesar de estar postando no dia 18, bom nem sei se pode considerar já que acabou de zerar o tempo, em fim está é uma reflexão dos acontecimentos do dia 17, o dia que acabou agora neste momento a pouco mais de 50 minutos.
Meu amigo, meu melhor amigo conseguiu comprar ingresso para assistir a sua banda favorita. É a primeira vez que ele está indo para um grande show, e ainda mais primeira vez para ver coldplay.

E pela primeira vez em muito tempo pude ficar feliz por ele. De verdade, ele está realizando um sonho. Eu, infelizmente não consegui comprar minha entrada ainda. Mas pretendo ir junto com ele. Quero participar deste momento. É claro se eu ainda tiver aqui. Mas é bom, acho eu, ficar criando esses programas com um ou dois meses de diferenças para me manter aqui.

Fiquei chateado por uma bobagem minha por não conseguir comprar ele. Mas isso foi completamente ignorado pelo fato de ficar feliz por ele e por ver ele feliz e animado com isso.

Ele inclusive me incentivou e me mostrou que dá para ir para os EUA de uma forma muito mais barata do que eu imaginava. Vou comprar um pacote nesses sites que montam e vendem a longo prazo. Por uma tal de Hurb. 

E se me planejar direitinho no dia 05, consigo fazer a compra para o Rock in Rio também. Claro, por ser pobre e viver aqui, vou ter que viver durante um ano praticamente vegetando.

Mas o lado muito bom, é que no meu trabalho, eu almoço e algumas vezes janto também. Cortesia desse meu amigo.

Ele já me ajudou tanto. Todos os meus amigos já me ajudaram, mas ele esteve em grande parte da minha vida, quase como um anjo. Me ajudando em momentos que eu nem sabia que era ele. E sou muito grato. Mas muitas vezes fico me sentindo culpado demais, pois nunca pude retornar para ele nada disso. Nunca pude oferecer nada. Até por que o que antes eu conseguia oferecer era um ombro amigo, pois eu conseguia estar presente enquanto as pessoas desabafavam, e eu me sentia um pouco útil. O problema é que ele já mas fez isso comigo.

Então nunca pude retribuir de forma alguma, e isso me deixa triste. É por isso que quero muito ir com ele. Não é que eu não goste da banda, mas digamos que não chego nem perto de gostar como ele gosta, e gostaria de ir para estar la, até por que praticamente ninguém se animou de ir. 

Agora o ponto que me trouxe novamente aqui para escrever. 

É que eu fico planejando isso, em dias que eu estou melhor, um pouco mais com esperança. Ou pelo menos mais calmo.

Mas...

Mas, vale apena? Ficar aqui? Com esse corpo estragado? Sem vivencias necessárias? 

Vali a pena ir para os Estados Unidos e apesar de ter mais coisas de que não quero mais, continuar da mesma forma como aqui no Brasil? Sem crescimento, sem nada. E o pior de tudo, sem as pessoas que me fazem ainda me segurar aqui neste plano!

Tenho 25, vale a pena chegar até os trinta? Acho difícil passar dessa idade com o corpo que criei ao tentar um suicídio silencioso. Ao tentar matar ele com comidas e sem movimento algum.

Me falam que isso é só uma fase, e que é culpa da depressão. Mas como é culpa dela sendo que nunca fui diferente?

A única diferença é que eu estou passando por mudanças. Ou melhor me corrijo. Mudanças não, estou passando por um processo. Onde minha mente e meu corpo pioraram um pouco.

Isso é bom? Significa que posso recuperar? Não! Eu sempre fui assim. Agora para manter atenção é difícil. eu simplesmente me desligo.

Minha mente está quebrada, e está morrendo a cada dia mais. Eu sinto e vejo isso. Eu não tenho como explicar. Explicar os momentos que ela trava. Os momentos em que ela simplesmente não funciona. A dificuldade que tenho de raciocinar. O fato de agora ter problemas de fazer uma coisa que eu amava que era a meditação teleguiada de teatro, mas que hoje não consigo ver nada. Só uma escuridão que retorce quando tento imaginar algo.

Será que vale a pena a voltar a ser a Phibe dos amigos? 

Eu paro agora e percebo, quando eu era pequeno eu não tinha orgulho de ser diferente. É que por eu ser diferente as pessoas me olhavam diferente e eu achava que eu era especial. Então eu tinha orgulho de mim, pois achava que todos tinha esse orgulho pela minha ousadia. 

Eu tinha orgulho de ser especial, mesmo que isso não fosse a verdade.

Hoje vejo que eu só era um esquisito.

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