PS: Espero que seja o único.
Eu e minha avó já estávamos morando na cidadezinha em que estamos até hoje, e dois dos meus primos (Irmãos), estavam de férias e vieram nos visitar. O mais velho Kay (Nome fictício) é da minha idade, ele só é meio ano mais velho.
Eu os apresentei para uma amiga de infância a Ni (Nome fictício), falando nisso ela e o Kay, deram uns pegas, e nem vou citar uma outra amiga que acho que estava tentando furar o olho da amiga (Risos).
Estas férias foram legais, eu me dava super bem com eles, e como já disse de vez em quanto eu e o mais novo (Vou chamá-lo de Naruto, que também é fictício), ficávamos segurando vela para os dois.
Uma noite, que é onde esta memória entra, estávamos só eu Ni e Kay, e começou um assunto de 'drogas', tipo sobre um comprimido que causa alucinações se tomá-lo mais do que devia, e por aí vai. Eu nunca fui fan de drogas, afinal minha mãe e vó me educaram bem, de forma que a única coisa que ficou foi a curiosidade, que muitas vezes era abafada pelo medo, ( Quando lembrava de meu Tio que é drogado) e isso me lembrava todo o sofrimento de sua esposa, filhos e principalmente de minha avó. Mas desde de sempre, teve algumas drogas que eu sempre quis sentir a sensação, entre elas a maconha, mas eu queria senti-la comendo-a, e não fumando-a, e tinha a cachaça que foi o que eu experimentei esta noite.
Conversa vai, conversa vem, nós chegamos na bebida e eu como sempre disse que não queria pois, não queria ficar bêbado, ai meu primo contornou a situação e disse que "vinho não embebeda, vamos tomá-lo então?", eu fiquei meio cabreiro, mas como ele era experiente nas noitadas de São Paulo, acreditei.
Nós fomos em um bar e compramos uma garrafa de um litro de vinho, engraçado que o dono não fez uma pergunta sequer e nos vendeu a bebida alcoólatra e nesta época eu tinha uns 16 anos no máximo.
Voltamos para a pracinha e começamos a beber, como ele me garantiu que vinho não embebedava eu estava apenas virando, ele falava "calma Rock, deixa pra mim também!", eu nem ligava, queria ficar o máximo de tonto que desse, pois acho que ale mesmo já sabia que não iria beber mais, então da mesma forma que era a primeira vez que eu bebia, também era a despedida.
No começo a Ni estava se divertindo também, mas ela não bebeu, e quando eu e o Kay decidimos comprar mais uma garrafa, ela resolveu ir embora. Neste ponto eu ainda não estava bêbado, mas estava bastante tonto e ria sem motivo, o que até hoje me deixa com raiva, eu gosto de ter uma crise de risos, mas sempre tem um motivo, por mais superfoto que ele seja, ainda há, como uma mosca que passou na sua frente e você ri, mas naquele momento eu só ria, sem saber o porque, simplesmente ria, enfim.
Depois que eu me recompus um pouco, nós fomos comprar a outra garrafa, como disse a Ni foi embora, acho que ela já estava um pouco zangada. Quando eu me levantei para ir, estava um pouco tonto, mas como eu queria sentir ao máximo o que era estar bêbado 'sem' estar bêbado, fui com ele, mas dessa vez compramos uma garrafa de dois litros e meio.
Como da primeira vez eu só enchia o copo e bebia, enchia e bebia, foi assim até terminar a garrafa, depois dela estar seca, meu primo me chamou para ir para a outra pracinha, a que era mais movimentada, pois ele estava no ponto e queria ficar com alguém.
A caminhada não foi tão ruim ou coisa parecida, eu não estava bêbado, estava apenas um pouco alterado, chegando a praça, fomos nos sentar em um banquinho perto de um barranco, e sem mentira nem uma eu apenas virei a cabeça de um lado para o outro, à procura de alguém conhecido para conversar, ou uma garota, mas como eu não vi ninguém e eu estava entediado, fiquei de pé rapidamente com a intenção de dizer que a bebida não tinha sido tão forte e que eu queria ir embora, mas quando fiquei em pé o mundo girou de tal forma que eu cai sentado no banco novamente. Agora sim, pensei comigo, meu primo vendo o que tinha acontecido, percebeu que a bebida tinha chegado ao seu ápice.
Assim que eu consegui permanecer em pé sem cair, (até hoje não sei o porque raios) eu fui até o topo do barranco e me deitei no chão, a minha ideia era descer rolando, mas meu primo me pegou murmurando alguma coisa de 'pegar gatinhas', porém quando ele conseguiu me levantar, ele desequilibrou-se e caiu de forma que ele desceu o barranco rolando, a cena foi engraçada, até porque eu disse reclamando e com muita raiva, pois eu queria fazer isso e não era para ele ter feito...
Eu fui tentar descer novamente o barranco, mas ele me puxou para um ponto que para ele era melhor para conseguir uma garota, e eu mole como estava nem resistir, e para falar a verdade nem lembrava mais o porque eu estava zangado.
Agora começa as "cenas que me traumatizaram", em relação a bebida. Enquanto ele estava no meio da rua falando alto para todas as mulheres que estavam indo naquela direção, coisas como " 'Ei gatinha fica comigo?', 'Ei gatinha tá vendo aquele galego ali? É meu primo, vamos ficar?', 'Chega mais gatinha' "(...), e eu sentado no meio fio respondia gritando: " 'VOCÊS NÃO ME CONHECEM!', 'VOCÊ NÃO ESTÁ ME VENDO AQUI', 'EU NÃO ESTOU AQUI, VOCÊ NÃO ESTÁ ME VENDO'"...
Como nós estávamos entre o caminho da casa da maioria das pessoas, muitas tiveram que passar por nós, eu de longe mesmo gritando, via essas pessoas se afastando destes dois bêbados, depois eu fiquei sabendo que muitas das garotas que ele "azarou", eram meus conhecidos, que me viram naquela situação.
Depois de um bom tempo naquela situação mental deplorável, e como ele tinha desistido de conseguir pegar alguém, nós fomos para casa, e entre o caminho teve alguns meninos que eram da minha sala ( eu sempre fui o mais velho, eles eram uns 3 anos mais novos ), eles me viram e como eu tentando me resguardar da maneira mais louca possível, voltei a falar aquelas frases sem sentido, eles vendo que eu estava completamente bêbado, começaram a me incomodar só para eu correr atrás deles e eu, como bom bêbado, corria atrás deles com muita raiva, eles jogavam pedrinhas o que só me atiçava mais.
Não lembro quanto tempo isso durou e como terminou, era muito estranho como a rua parecia pequena, eu andava reto, porém acabava indo parar em um poste, voltava a andar reto, mas ia parar no poste do outro lado da rua, e assim foi até chegar em casa.
No meio do caminho, meu primo estava me esperando sentado, na praça que começamos a bebedeira, de alguma forma eu tinha feito os moleques pararem de me aporrinhar, ele estava com cara de enjoo, eu chamei para irmos logo mas ele pediu para esperar pois não estava se sentindo bem, não demorou muito e ele estava colocando os seus rins para fora. Eu comecei a me gabar, que ele era fraco demais, pois eu nunca tinha bebido e não tinha vomitado e ele que era acostumado tinha, e fiquei rindo dele enquanto ele vomitava mais.
Finalmente nós tínhamos chegado em casa, ele como já era acostumado a despistar, foi logo para a cama sem fazer mais nada e sem falar nada, eu como era novato quis, fazer tudo o que eu faria normalmente para não dar pista. Peguei as chaves e fui trancar o portão, que minutos que não passavam, eu tentava e tentava sem sucesso colocar a chave na fechadura, era como se o buraco tivesse encolhido ou sumido, deixando só a forma, mas depois de muitas tentativa eu consegui colocar a chave na fechadura e tranquei o portão, claro que para isso tive que colocar os dedos em frente ao buraco para ir conduzindo a chave.
Quando eu entrei em casa a vó já tinha percebido e estava xingando aos quatro ventos, entre essas desgraças chegam bêbados em casa tinha, esses cachaceiros, esses caralho, esses sem cérebros... Eu nesta época estava dormindo em rede na sala, mesmo tendo o meu quarto, não me lembro o porque, mas enfim, eu entrei dentro do meu quarto a procura do meu edredom, cabisbaixo, minha avó continuava a xingando na cozinha, eu procurei como louco a coisa mas não achava, como a voz da avó estava se aproximando eu peguei um lençolzinho fino que tinha ali e fui para a rede, mesmo sabendo que iria passar muito frio.
A vó entrou dentro do meu quarto ainda reclamando e xingando, eu não entendi até que quando eu estava sentado me ajeitando para dormir, um edredom veio voando em minha direção, me acertou nas costas o tufo de pano e eu estava tão tonto que quase cai da rede. Depois de tudo passado fui dormir, dormi quase que imediatamente.
Durante a noite, lá pelas 3 horas da manhã, lembro apenas de ter tirado a cabeça da rede e vomitado, muito! E eu achando que eu era ‘durão’ com bebidas. Acordei por volta das 5 e 30 da manhã, fui logo lavando a casa, para a vó não reclamar e nem se estressar mais, depois que terminei fui para o quintal, pois estava enjoado e com dor de cabeça, foi assim o dia inteiro.
Enquanto eu estava de porre todos da casa tiram sarro de mim, falavam: Está vendo, beber para que? Vai bonito, vai beber! (Risos).
PS: O chão em que eu e o meu primo vomitamos ficou marcado por muito tempo. A marca do meu vomito ficou no chão até quando ele foi coberto por azulejo, já o do meu primo na praça, ficou por três anos, mesmo com todas as chuvas e Sóis deste período. Aí vem a pergunta, eu vou mesmo colocar isso dentro de mim de novo? Nada, me respeito pelo menos um pouco.
Uma HISTÓRIA e tanto...
ResponderExcluirChega a ser cômico né?
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